Nossa fico até lisojeado, feliz e entusiasmado com o numero de visitantes do blog.
Um sucesso total, por dia entra 1 pessoa (eu) e tem dia que chega a 2 visitas!!
Esse é meu esforço sendo recompensado, obrigado a todos os que visitam esse sucesso se deve a vocês.
Nosso recorde é de quatro visitas em um só dia, aliás nesse dia passamos o google em visitas, mais uma vez obrigado.
Aquele que nomeia!
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
"THE END HAS BEGUN"
As nuvens negras no céu anunciavam apenas mais um temporal, mas o que se viu foi algo além, algo tirado do pesadelo dos espiritos. Os clarões se alternavam desnudando aquilo que a muito foi anunciado, profetas foram desacreditados pela tecnocracia, e o que presenciamos foi a inutilidade da extasê perante a entropia do inevitavel.
Aqueles que vêem puderam se deliciar com a chegada do tempo da verdade, tempo onde apenas os simples de coração terão a coragem e a força nessaria para não vender seus corpos e almas para o paradigma.
O aviso foi dado pelos mil relâmpagos, que aqueles que não creiam tenham uma ultima oportunidade!
Aqueles que vêem puderam se deliciar com a chegada do tempo da verdade, tempo onde apenas os simples de coração terão a coragem e a força nessaria para não vender seus corpos e almas para o paradigma.
O aviso foi dado pelos mil relâmpagos, que aqueles que não creiam tenham uma ultima oportunidade!
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Felicidade ensandecida!
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
A jornada de Julian – Parte 02.
A última tribo dos lobos.
Muito ao norte deste vale, além dos rios, do oceano pequeno, passando pelas montanhas do norte existia uma tribo. Uma tribo isolada de todo o resto, em um lugar parecido com esse, só que muito mais frio. A neve cobria a vegetação o inverno inteiro, os animais eram abundantes e sadios.
Os homens desta tribo caçavam a cada quatro dias, comiam apenas carne, preferencialmente de lebres e cervos. Mas acredito que isso não deve ser tão relevante assim.
Vamos direto ao ponto para que você possa visualizar este ambiente.
Essa tribo era chamada de tribo dos lobos porque todos seus membros foram lobos em sua última vida, eles constantemente tinham sonhos: lúcidos, ou não, acerca dessa vida.
Seu xamã ensinava a seguinte lição. Nós somos compostos por corpo e espírito.
O corpo é a ferramenta do espírito para evoluir, para poder alcançar a acessão, para poder operar neste mundo de matéria. Seu corpo pode ser qualquer corpo, tudo que tem consciência tem um corpo e um espirito, as arvores, os pássaros, os homens, os lobos.
Seu espírito quando não está em um corpo evoluindo, ele está no mundo espiritual na estática, sem movimento sem evolução, então seu espírito escolhe vir à matéria para passar pelas provas de fogo. Simplificadamente são: A reflexão estática, como arvore; a entropia da lógica, do humano; e a dinâmica do instinto, do animal.
Estes ensinamentos para muitos não se completam em uma só vida, portanto nossos espíritos vão e voltam para a lição da matéria. Mas continuemos a historia, se este for seu caminho você aprendera mais disso.
Nesta tribo todos os nativos tinham sido lobos em sua ultima vida, e atravez de seu primeiro xamã eles conseguiram se conectar a esta vida já findada. Tinham lembranças, instintos, do que fora outrora seu desafio. Sendo assim eles andavam em meio aos lobos, eram como iguais, toda vez que um lobo morria um nativo nascia. Eles fizeram a ponte perfeita entre instinto e consciência humana. Uma vida de contemplação e ação ao mesmo tempo, uma maravilha para nós...
Uma maldição para aqueles que hoje mandam no mundo como se isso fosse só o que temos.
Não falemos por hora da inconsistência da realidade e de sua natureza ilusória.
Sabe Julian, todos nós temos nossos momentos finais aqui no mundo da matéria, o memento que conseguimos nos conectar com nossos espíritos por definitivo, nos conectar enfim com o todo. Aqueles homens e mulheres gozavam deste estagio, eles todos tinham recebido o chamado do todo, o canto de todas as vozes. Eram todos deuses, suas vontades eram a vontade de seus espíritos. Por muitos séculos eles viveram intocados praticando os ensinamentos para a chegada de sua partida. Sábios de todas as partes iam até eles aprender e ensinar. Mas a época da esterilidade, da infertilidade, do endurecimento do pensamento chegou, chegou rápido e um a um foi derrubando.
O mundo caia perante os pés de seu suposto salvador, como escravos felizes eles se tornaram a arma mais poderosa de todas. Não espero que entenda isso ainda, apenas se lembre, esses nativos eram livres, livres de verdade, nenhuma prisão poderia pega-los.
A única solução dos “libertadores” da tirania era acabar pro completo com todas crenças verdadeiras para que sua crença falsa e móvel nunca fosse questionada.
Passado algumas semanas do último solstício de inverno uma caravana de mercadores ambiciosos em encontrar uma nova reserva de caça passavam pela região da tribo.
O xamã rapidamente pegou suas vestias mais grossas e saiu em busca da caravana na intenção de despistar os viajantes.
Ao encontrá-los tentou convencer aqueles famintos homens a mudarem a direção de sua busca, e irem em direção as montanhas do sul, pois ali poderia haver um bom local de caça. Os homens pareciam convencidos e agradecidos ao xamã que para eles não passava de uma simpática e estranha figura.
A caravana toda começou sua lenta viagem para o sul, onde supostamente encontrariam seu tão almejado campo de caça. O xamã parecia ter afastado o terrível destino para bem longe de sua tribo. Mas pelo enorme numero de lobos naquela região os homens ficaram cada vez mais desconfiados. Eles matavam três ou quatro a cada dia de viagem.
Após menos de uma semana da partida a caravana parou, desconfiada do numero de lobos resolveram voltar. Não culpe os lobos, eles costumavam serem os maiores predadores daquela região, não temiam esses homens, mas nada podiam fazer contra feitos como a arma de fogo.
A tribo vendo seu inevitável final se preparou para resistir. Nem mesmo o xamã podia entender como o destino deles fora mudado. Ele viu, sentiu varias vezes o fim da tribo, mas não era daquele jeito. Como homens tão cegos podiam alterar o destino. A caravana nada mais era que o braço armado de uma consciência maior, aquela que dominara o mundo alem do vale da tribo.
Assim que foram avisadas pela tribo as alcatéias começaram a se dispersar, fugir. Apenas alguns ficaram.
A caravana encontrou a tribo sem dificuldades, se decidiram a tomá-la para que ali pudessem fazer sua base para seu novo e grande campo de caça de peles e carne. Nem uma palavra foi trocada apenas tiros e lanças foram cruzados no ar.
A tribo foi morrendo e estranhamente os poderes que todos compartilhavam estavam diminuídos e fracos perto daqueles homens. Todos caíram restando apenas o mais forte e sábio de todos; o xamã. Faltavam poucos estantes para seu espírito evoluísse a ponto de nunca mais voltar, mas parecia que os homens da caravana tinham realmente mudado seu destino, ele iria morrer antes da hora.
Foi quando se ouviu um uivo forte, um grande lobo apareceu com toda sua alcatéia, enquanto o resto dos lobos distraia os impiedosos homens da caravana o grande lobo puxava o xamã para um esconderijo. Todos foram mortos restando apenas o xamã e o grande lobo.
Sorrindo o xamã disse ao lobo para não se preocupar, pois ele tinha que partir em instantes.
A caravana caçou por três dias e três noites o xamã e o lobo, até que enfim perto de uma clareira os encontraram.
- Sim! Julian gritou enquanto sua face ficava cada vez mais vermelha e seu corpo dormente.
- Então...Foi...Que.
Iaré sorria como uma criança ao ver que ele estava se lembrando.
- Os homens tentaram matar o xamã deram um tiro, sim, então eu pulei na frente do tiro, dando tempo para que o xamã fugisse e terminasse sua jornada em paz.
Logo após dizer isso, Julian sentiu seu corpo todo dormente e desmaiou.
O velho sorriu e disse a Julian desmaiado no chão.
- É meu menino, você era aquele lobo, agora posso te ensinar.
Muito ao norte deste vale, além dos rios, do oceano pequeno, passando pelas montanhas do norte existia uma tribo. Uma tribo isolada de todo o resto, em um lugar parecido com esse, só que muito mais frio. A neve cobria a vegetação o inverno inteiro, os animais eram abundantes e sadios.
Os homens desta tribo caçavam a cada quatro dias, comiam apenas carne, preferencialmente de lebres e cervos. Mas acredito que isso não deve ser tão relevante assim.
Vamos direto ao ponto para que você possa visualizar este ambiente.
Essa tribo era chamada de tribo dos lobos porque todos seus membros foram lobos em sua última vida, eles constantemente tinham sonhos: lúcidos, ou não, acerca dessa vida.
Seu xamã ensinava a seguinte lição. Nós somos compostos por corpo e espírito.
O corpo é a ferramenta do espírito para evoluir, para poder alcançar a acessão, para poder operar neste mundo de matéria. Seu corpo pode ser qualquer corpo, tudo que tem consciência tem um corpo e um espirito, as arvores, os pássaros, os homens, os lobos.
Seu espírito quando não está em um corpo evoluindo, ele está no mundo espiritual na estática, sem movimento sem evolução, então seu espírito escolhe vir à matéria para passar pelas provas de fogo. Simplificadamente são: A reflexão estática, como arvore; a entropia da lógica, do humano; e a dinâmica do instinto, do animal.
Estes ensinamentos para muitos não se completam em uma só vida, portanto nossos espíritos vão e voltam para a lição da matéria. Mas continuemos a historia, se este for seu caminho você aprendera mais disso.
Nesta tribo todos os nativos tinham sido lobos em sua ultima vida, e atravez de seu primeiro xamã eles conseguiram se conectar a esta vida já findada. Tinham lembranças, instintos, do que fora outrora seu desafio. Sendo assim eles andavam em meio aos lobos, eram como iguais, toda vez que um lobo morria um nativo nascia. Eles fizeram a ponte perfeita entre instinto e consciência humana. Uma vida de contemplação e ação ao mesmo tempo, uma maravilha para nós...
Uma maldição para aqueles que hoje mandam no mundo como se isso fosse só o que temos.
Não falemos por hora da inconsistência da realidade e de sua natureza ilusória.
Sabe Julian, todos nós temos nossos momentos finais aqui no mundo da matéria, o memento que conseguimos nos conectar com nossos espíritos por definitivo, nos conectar enfim com o todo. Aqueles homens e mulheres gozavam deste estagio, eles todos tinham recebido o chamado do todo, o canto de todas as vozes. Eram todos deuses, suas vontades eram a vontade de seus espíritos. Por muitos séculos eles viveram intocados praticando os ensinamentos para a chegada de sua partida. Sábios de todas as partes iam até eles aprender e ensinar. Mas a época da esterilidade, da infertilidade, do endurecimento do pensamento chegou, chegou rápido e um a um foi derrubando.
O mundo caia perante os pés de seu suposto salvador, como escravos felizes eles se tornaram a arma mais poderosa de todas. Não espero que entenda isso ainda, apenas se lembre, esses nativos eram livres, livres de verdade, nenhuma prisão poderia pega-los.
A única solução dos “libertadores” da tirania era acabar pro completo com todas crenças verdadeiras para que sua crença falsa e móvel nunca fosse questionada.
Passado algumas semanas do último solstício de inverno uma caravana de mercadores ambiciosos em encontrar uma nova reserva de caça passavam pela região da tribo.
O xamã rapidamente pegou suas vestias mais grossas e saiu em busca da caravana na intenção de despistar os viajantes.
Ao encontrá-los tentou convencer aqueles famintos homens a mudarem a direção de sua busca, e irem em direção as montanhas do sul, pois ali poderia haver um bom local de caça. Os homens pareciam convencidos e agradecidos ao xamã que para eles não passava de uma simpática e estranha figura.
A caravana toda começou sua lenta viagem para o sul, onde supostamente encontrariam seu tão almejado campo de caça. O xamã parecia ter afastado o terrível destino para bem longe de sua tribo. Mas pelo enorme numero de lobos naquela região os homens ficaram cada vez mais desconfiados. Eles matavam três ou quatro a cada dia de viagem.
Após menos de uma semana da partida a caravana parou, desconfiada do numero de lobos resolveram voltar. Não culpe os lobos, eles costumavam serem os maiores predadores daquela região, não temiam esses homens, mas nada podiam fazer contra feitos como a arma de fogo.
A tribo vendo seu inevitável final se preparou para resistir. Nem mesmo o xamã podia entender como o destino deles fora mudado. Ele viu, sentiu varias vezes o fim da tribo, mas não era daquele jeito. Como homens tão cegos podiam alterar o destino. A caravana nada mais era que o braço armado de uma consciência maior, aquela que dominara o mundo alem do vale da tribo.
Assim que foram avisadas pela tribo as alcatéias começaram a se dispersar, fugir. Apenas alguns ficaram.
A caravana encontrou a tribo sem dificuldades, se decidiram a tomá-la para que ali pudessem fazer sua base para seu novo e grande campo de caça de peles e carne. Nem uma palavra foi trocada apenas tiros e lanças foram cruzados no ar.
A tribo foi morrendo e estranhamente os poderes que todos compartilhavam estavam diminuídos e fracos perto daqueles homens. Todos caíram restando apenas o mais forte e sábio de todos; o xamã. Faltavam poucos estantes para seu espírito evoluísse a ponto de nunca mais voltar, mas parecia que os homens da caravana tinham realmente mudado seu destino, ele iria morrer antes da hora.
Foi quando se ouviu um uivo forte, um grande lobo apareceu com toda sua alcatéia, enquanto o resto dos lobos distraia os impiedosos homens da caravana o grande lobo puxava o xamã para um esconderijo. Todos foram mortos restando apenas o xamã e o grande lobo.
Sorrindo o xamã disse ao lobo para não se preocupar, pois ele tinha que partir em instantes.
A caravana caçou por três dias e três noites o xamã e o lobo, até que enfim perto de uma clareira os encontraram.
- Sim! Julian gritou enquanto sua face ficava cada vez mais vermelha e seu corpo dormente.
- Então...Foi...Que.
Iaré sorria como uma criança ao ver que ele estava se lembrando.
- Os homens tentaram matar o xamã deram um tiro, sim, então eu pulei na frente do tiro, dando tempo para que o xamã fugisse e terminasse sua jornada em paz.
Logo após dizer isso, Julian sentiu seu corpo todo dormente e desmaiou.
O velho sorriu e disse a Julian desmaiado no chão.
- É meu menino, você era aquele lobo, agora posso te ensinar.
Jornada de Julian – Parte 01.
O sol aos poucos tocava o chão revelando o tom verde da grama, as últimas gotas do orvalho pendiam das folhagens e tocavam o solo. Um pouco acima se podia avistar um homem de pouco mais de cinqüenta anos que nu e de braços abertos saudava o sol. Como se ele ali imponente fizesse parte do todo, apenas um circulo de sua própria urina o separava dos males que lá continham. Com o membro ereto sua masculinidade confrontava o sol.
Uma cena pitoresca para o jovem que entre as arvores assistia o velho homem saudar o sol. Havia caminhado por dias até chegar ao vale e agora mal abrira os olhos e enxergara o homem imponente no rochedo.
Após algumas dezenas de minutos ele saiu da posição que ficara imóvel e se pos a andar em direção a uma pequena casa. Pedras em cima de pedras erguiam as paredes, o telhado era composto por fios de palha cuidadosamente emaranhados.
O jovem o seguiu e como tinha sido avisado pelo dono do empório da cidade situada a uns quinze quilômetros daquele belo vale, ele não se atreveu a bater na pesada porta de madeira. Haveria de esperar pelo convite para poder falar com o homem. Ajeitou-se no gramado próximo a casa e ficou a esperar.
O velho agora vestido com apenas uma leve calça de algodão cru, saia da casa e se dirigia a uma determinada arvore, urinava e voltava para o interior da casa.
Durante três dias o jovem viu a cena se repetir sem que o homem se quer o notasse. Sabia da dificuldade de sua jornada e obstinava a continuar. O jovem pensou por todos os dias uma forma de ser notado, pensou, pensou e decidido levantou e caminhou até aquela determinada arvores e sentou sob ela.
Como sempre o homem saiu de sua casa e foi até a árvore, ao ver o jovem sentado na sob ela, dirigiu-lhe a palavra.
- Levante-se jovem, você deve estar faminto, vamos até minha casa para desjejuar.
A voz calma do homem parecia penetrar pela mente do jovem que alegre acompanhou o homem.
A casa gozava apenas de um cômodo metodicamente arrumado, defronte com a porta um pequeno fogão de lenha aquecia toda a casa, uma rede esticada tomava todo canto direito do cômodo, no lado oposto uma pesada mesa disputava espaço com inumemos objetos estranhos, de livros a tambores.
- Sente-se jovem e me conte o que te traz a meu mundo.
O jovem satisfeito sentou a mesa e começou a falar.
- Bom... Bem, meu nome é Julian, nasci e vivi muito longe daqui, além das montanhas, numa cidade bem interiorana.
Parou por um instante para comer o pão que o homem lhe oferecia. Retomando o fôlego por comer apressadamente continuou.
- Não sei ao certo o que me trouxe até aqui, sei que a pouco mais de um ano eu enlouqueci, pude ver ou sei lá... Alucinei.
Confuso e sem conseguir falar o que durante toda a viagem ensaiou, abaixou a cabeça decepcionado por não poder com palavras o que sentia.
- Julian, acalme-se, eu sou Iaré, como deve saber, vejo que você recebeu o chamado. Hoje em dia se torna mais comum que pessoas urbanas como você o receba, quase não existe mais gente em harmonia com a mãe terra e o pai sol, é triste que você tenha visto o que viu.
Mesmo pronunciando com tristeza na voz, Iaré usava exatamente o mesmo tom de voz que usara quando convidou Julian para entrar.
- Iaré, mas o que é o chamado, eu nem sei o que me trouxe aqui, é embaraçoso nem ao menos saber.
- Julian ainda não disse que te ensinarei algo, acalme-se, a ignorância é a dádiva dos que dormem; para saber se realmente estou em seu destino preciso consultar os espíritos guardiões. Enquanto faço isso tome essa lança e traga nosso almoço.
- É... Como assim... Eu nunca... Nunca mesmo.
Ignorando o apelo do jovem, Iaré abriu a porta e entregou a lança rusticamente feita a Julian, esperou o jovem passar e fechou a porta.
Por alguns instantes Julian olhou para a casa hesitante em cumprir a ordem do velho homem.
Vendo que se quisesse permanecer em sua escolha teria que caçar, decidiu tentar. Correu em direção a densa floresta de araucárias e sumiu nos arbustos.
O tempo fresco do vale foi dando lugar ao pesado calor do meio dia, durante horas Julian tentou caçar, perdeu a conta de quantas vezes lançou em vão a rústica lança. Decepcionado voltou a cabana.
- Pela decepção não deve ter tido hesito.
- Nem se quer cheguei perto, tentei, mas não consegui.
- Por isso não conseguiu, não existe tentar, ou você faz, ou não faz. Agora relaxa temos muito que conversar.
Iaré colocou a mão sobre a cabeça do garoto como sinal de apoio, voltou-se de costas a ele e parou por um longo período de tempo. Ao se virar novamente ao garoto se podia ver a face tocada por varias lagrimas.
- Julian, vou lhe contar. Pausou para mais algumas lagrimas e retornou.
- Lhe contarei a historia da ultima tribo dos lobos, ao final desta historia saberá se este é sei caminho, se o destino o trouxe é ele que revelará seu caminho.
Uma cena pitoresca para o jovem que entre as arvores assistia o velho homem saudar o sol. Havia caminhado por dias até chegar ao vale e agora mal abrira os olhos e enxergara o homem imponente no rochedo.
Após algumas dezenas de minutos ele saiu da posição que ficara imóvel e se pos a andar em direção a uma pequena casa. Pedras em cima de pedras erguiam as paredes, o telhado era composto por fios de palha cuidadosamente emaranhados.
O jovem o seguiu e como tinha sido avisado pelo dono do empório da cidade situada a uns quinze quilômetros daquele belo vale, ele não se atreveu a bater na pesada porta de madeira. Haveria de esperar pelo convite para poder falar com o homem. Ajeitou-se no gramado próximo a casa e ficou a esperar.
O velho agora vestido com apenas uma leve calça de algodão cru, saia da casa e se dirigia a uma determinada arvore, urinava e voltava para o interior da casa.
Durante três dias o jovem viu a cena se repetir sem que o homem se quer o notasse. Sabia da dificuldade de sua jornada e obstinava a continuar. O jovem pensou por todos os dias uma forma de ser notado, pensou, pensou e decidido levantou e caminhou até aquela determinada arvores e sentou sob ela.
Como sempre o homem saiu de sua casa e foi até a árvore, ao ver o jovem sentado na sob ela, dirigiu-lhe a palavra.
- Levante-se jovem, você deve estar faminto, vamos até minha casa para desjejuar.
A voz calma do homem parecia penetrar pela mente do jovem que alegre acompanhou o homem.
A casa gozava apenas de um cômodo metodicamente arrumado, defronte com a porta um pequeno fogão de lenha aquecia toda a casa, uma rede esticada tomava todo canto direito do cômodo, no lado oposto uma pesada mesa disputava espaço com inumemos objetos estranhos, de livros a tambores.
- Sente-se jovem e me conte o que te traz a meu mundo.
O jovem satisfeito sentou a mesa e começou a falar.
- Bom... Bem, meu nome é Julian, nasci e vivi muito longe daqui, além das montanhas, numa cidade bem interiorana.
Parou por um instante para comer o pão que o homem lhe oferecia. Retomando o fôlego por comer apressadamente continuou.
- Não sei ao certo o que me trouxe até aqui, sei que a pouco mais de um ano eu enlouqueci, pude ver ou sei lá... Alucinei.
Confuso e sem conseguir falar o que durante toda a viagem ensaiou, abaixou a cabeça decepcionado por não poder com palavras o que sentia.
- Julian, acalme-se, eu sou Iaré, como deve saber, vejo que você recebeu o chamado. Hoje em dia se torna mais comum que pessoas urbanas como você o receba, quase não existe mais gente em harmonia com a mãe terra e o pai sol, é triste que você tenha visto o que viu.
Mesmo pronunciando com tristeza na voz, Iaré usava exatamente o mesmo tom de voz que usara quando convidou Julian para entrar.
- Iaré, mas o que é o chamado, eu nem sei o que me trouxe aqui, é embaraçoso nem ao menos saber.
- Julian ainda não disse que te ensinarei algo, acalme-se, a ignorância é a dádiva dos que dormem; para saber se realmente estou em seu destino preciso consultar os espíritos guardiões. Enquanto faço isso tome essa lança e traga nosso almoço.
- É... Como assim... Eu nunca... Nunca mesmo.
Ignorando o apelo do jovem, Iaré abriu a porta e entregou a lança rusticamente feita a Julian, esperou o jovem passar e fechou a porta.
Por alguns instantes Julian olhou para a casa hesitante em cumprir a ordem do velho homem.
Vendo que se quisesse permanecer em sua escolha teria que caçar, decidiu tentar. Correu em direção a densa floresta de araucárias e sumiu nos arbustos.
O tempo fresco do vale foi dando lugar ao pesado calor do meio dia, durante horas Julian tentou caçar, perdeu a conta de quantas vezes lançou em vão a rústica lança. Decepcionado voltou a cabana.
- Pela decepção não deve ter tido hesito.
- Nem se quer cheguei perto, tentei, mas não consegui.
- Por isso não conseguiu, não existe tentar, ou você faz, ou não faz. Agora relaxa temos muito que conversar.
Iaré colocou a mão sobre a cabeça do garoto como sinal de apoio, voltou-se de costas a ele e parou por um longo período de tempo. Ao se virar novamente ao garoto se podia ver a face tocada por varias lagrimas.
- Julian, vou lhe contar. Pausou para mais algumas lagrimas e retornou.
- Lhe contarei a historia da ultima tribo dos lobos, ao final desta historia saberá se este é sei caminho, se o destino o trouxe é ele que revelará seu caminho.
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